Concurso Aquário Natal

Concurso Ideias Estudantis 2016 – Projetar.org

Abaixo o Memorial Resumo que foi entregue pela nossa equipe ao Concurso:

Três eixos nortearam a solução arquitetônica para o objeto de estudo, o patrimônio natural, criar um espaço multiuso para a cidade de Natal e ter um marco visual na paisagem.

A força do patrimônio natural foi primordial para a solução arquitetônica do edifício, com a premissa de manter as visuais naturais, criamos um platô em nível com a via, e o edifício ficou no subsolo, seu acesso se dá através de um prisma, “solto” do corpo do edifício, onde se resolvem as conexões verticais.

O potencial do espaço não permite termos apenas uma finalidade, ser um espaço multiuso, dá várias soluções de uso e gestão ao empreendimento, a criação do platô, transformado em praça, com pavimentação mineralizada através da utilização de pedra portuguesa que tem sua paginação referenciada nas cores e texturas dos peixes da região. A praça conta mais de cinco mil metros de área quadrada, onde pode abrigar eventos com capacidade de até quinze mil pessoas.

O prisma vertical com vinte metros de altura acima da praça, resolve o acesso do público ao aquário e torna-se o marco visual na paisagem natural, seu revestimento em aço corten, qual consegue “conviver” muito bem com as intempéries.

A tecnologia estrutural é definida levando em consideração mão de
obra e tecnologia local disponível. Adota-se uma malha estrutural em pilares de concreto armado, modulados a cada dez metros em ambos os sentidos (longitudinal e transversal). As vigas-faixas são protendidas e têm seção 0,30×1,20m. As lajes são nervuradas e protendidas.

Concreto, vidro e aço definem a leitura arquitetônica da peça. O vidro permite a transparência para apreciar os animais e as visuais que a natureza nos proporciona, o concreto garante a rigidez estrutural e a plasticidade que aplicamos a peça, já o aço presente de diversas formas, ajuda o concreto na estruturação da peça, e de forma quase pura e sem acabamentos serve como marco visual do projeto, mas também é presente na sutileza do guarda corpo.

A modulação de estrutural nos permite ter uma planta livre, que em seu 1º subsolo abriga, o café (coberto e descoberto através de rasgo na laje), o setor de informações, a bilheteria e guarda volumes, lojas. O acesso através de catracas leva ao foyer que serve para o aquário e o complexo multimídia do mesmo (auditório e salas de áudio visuais), esse setor também tem acesso independente para suas atividades.Do foyer, desce para o 2º subsolo, onde acontece todo o passeio expositivo. Além de salas e espaços para exposições, conta com o tanque máster implantado no coração do espaço, três tanques secundários além de pequenos tanques, que compõe todo o trabalho expositivo. Esses dois pavimentos têm em sua porção leste uma pele de vidro que permite a total apreciação do mar, fazendo toda conexão entre o interno e o externo, deixando o usuário em total interação com o equipamento. No seu terceiro subsolo, temos o estacionamento de veículos para o público. O acesso restrito conta com as vagas de carga e descarga, área de depósitos em geral, grupo gerador e subestação, tanques de água salgada e água doce, e área de filtros e maquinários em geral. Todo o núcleo técnico veterinário se dá nesse pavimento, tendo que contar com toda a estrutura de quarentena, tanques de apoio, setor de nutrição, ambulatório e necrotério.

Equipe Técnica

Jefferson John | Coordenador

Fernando Davet | Arquiteto

Izabela Lima | Arquiteta