Concurso Praça Portugal

Concurso Ideias Estudantis 2015 – Estácio

Abaixo o Memorial Resumo que foi entregue pela nossa equipe ao Concurso:

Diante da inquietação urbana em torno da Praça Portugal, é sabido que o projeto a ser levado em questão irá apresentar considerações não só arquitetônicas, mas também de justificativa urbanística e paisagística.

No primeiro momento, o estudo deu-se com um desenho em grande escala, a fim de entendermos quais soluções eram necessárias para tal intervenção no que diz respeito aos quatro cantos da praça e o que temos de uma “semi-rotatória”. Visto isso, há a percepção de que o problema sai da escala do que se resume à Praça Portugal, incluindo toda uma vasta área de grande potencial econômico, a Avenida Dom Luís.

Em suma, a ideia refletida no projeto irá contemplar tal avenida com uma via paisagística, integrando-a com a área comercial, onde teremos agora, a escala da pessoa e as “micro mobilidades” como ponto de partida. Em oito quarteirões em linha reta, irá surgir em frente ao Pátio Dom Luís – atual terreno do Restaurante Dallas – uma praça de convívio, contemplando toda a via urbanístico-paisagística a ser criada com o nome do artista cearense, Zenon Barreto. Zonas de sombras, mobiliários urbanos e quiosques incentivarão o uso da cidade pelo pedestre.

Arquitetonicamente, a abstração da decomposição dos arcos da bandeira de Portugal gerará um monumento em forma de dois arcos que se cruzam fora do eixo da praça com alturas de 12 e 15 metros e comprimento de 70 metros, sendo construído em estrutura metálica treliçada, revestido por ACM, representando uma nova fase da cidade de Fortaleza e uma nova fase da Praça Portugal.

No que diz respeito às vias de tráfego, é ideal que se mantenham duas faixas de rolamento, uma para veículos individuais e outra para coletivos, e uma ciclovia de dois sentidos; para não atrapalhar o fluxo da cidade e desfrutar dos serviços, serão criados dois bolsões de estacionamentos para aproximadamente 1000 carros nos subsolos das praças.

Além do urbanismo e paisagismo apresentados, o intuito da praça é manter um laço cívico, arquitetônico e atemporal para com a cidade, mantendo as pessoas ao seu nível, preenchendo as laterais e, consequentemente, valorizando o espaço. A implantação do semáforo de três tempos é justificada pelo PAITT – Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito – que afirma que esse método é mais eficiente do que a rotatória. A sensação de pertencimento dar-se-á também pela pavimentação em piso intertravado de concreto, que diminui a velocidade dos veículos melhorando a movimentação de pedestres e demais mobilidades.

Para ter controle de seus parâmetros urbanísticos, irá ocorrer uma interferência no Plano Diretor, a fim de manter a integridade de uso da nova praça, fechando o uso da via para veículos na sexta à noite, liberando-a na segunda ao nascer da manhã, incentivando a vitalidade da nova Avenida. As novas edificações que irão surgir serão, obrigatoriamente, de uso misto, mantendo a escala de no máximo cinco pavimentos até a metade do lote.

Dentre tantos devaneios, o projeto representa a ousadia e a vontade de termos um diferencial não só arquitetônico, mas urbanístico e paisagístico, com o intuito de provocar sensações nas diversas formas do pensar humano.

Equipe Técnica

Jefferson John | Coordenador

Fernando Davet | Arquiteto

Izabela Lima | Arquiteta

Antônio Brito | Arquiteto